A transfiguração do Senhor é a certeza de sua vitória. Mesmo que no caminho haja a cruz, e esta sempre vai existir, o horizonte é a perspectiva do discípulo. Não somente o momento histórico, que às vezes pode ser sombrio, mas a convicção da vitória certa: a Ressurreição.
Isto ocorreu com os seguidores de Jesus: a euforia do primeiro momento de caminhar com o Mestre, sua palavra que encantava, seus ensinamentos que faziam o coração arder, enfim, os sinais que confirmavam a certeza de que Ele era o Messias esperado. Mas, no caminho havia a cruz e tudo viria abaixo. Como crer se ele vai sucumbir à tirania dos romanos, à maldade de seus chefes, aos anciãos e sumo sacerdotes? Como continuar seguindo-o?
Jesus sobe ao monte, se transfigura perante os três discípulos, que vivenciam o testemunho de Moisés, Elias e do próprio Pai que afirma que Ele é o seu Filho Amado, e que devem escutá-Lo. É necessário continuar o caminho, descer a montanha e ir em direção à vida e, nesta, testemunhar que Jesus é o Senhor.
Hoje, não é diferente. Há tantas cruzes na vida que nos perguntamos onde está Deus. Se ficarmos parados nessas cruzes, nos perdemos. Mas, se o horizonte da vitória da Ressurreição for a nossa força, tornamo-nos discípulos missionários. A Campanha da Fraternidade deste ano nos convida a fazer da cruz da fome o lugar de ressurreição.
É tempo de cuidar. Paz e bem!
Frei Carlos Alberto, OFMConv.