Eu sou o Bom Pastor, diz Jesus.
Seu coração sempre esteve no fazer a vontade do Pai, e manifestar o amor pelos seus, até a morte e morte de cruz: “Não há maior amor do que dar a vida por seus irmãos”. Assim fez o Bom Pastor.
Hoje celebramos o dia das mães.
Partilho com você uma história que muito me comoveu, e que nos impulsiona a vivermos como o Senhor viveu.
Foi na periferia de Salvador, na Casa do Sol, que pude fazer essa experiência. Uma das educadoras partilhou comigo sua história de vida.
Sua mãe ficou viúva muito cedo, com vários filhos. Analfabeta, negra, pobre, lavava roupas na Lagoa do Abaeté para sustentar seus filhos.
Certa vez, os reuniu e lhes disse: “Já vem de muitas gerações que, os membros de nossa família começam a trabalhar muito cedo para se sustentar, e nunca tiveram como estudar, perpetuando nosso estado de pobreza. Precisamos quebrar essa corrente, e para isso vocês não vão repetir essa história. Eu vou trabalhar, e vocês vão estudar”.
Assim foi feito. Com muito sacrifício essa mulher criou seus filhos, e estes cumpriram a vontade de sua mãe. Por causa de uma vida muito sacrificada, morreu muito nova. Cumpriu sua missão de Boa Pastora: gerar, cuidar, sentir compaixão, gerar vida dia dia.
A senhora que me contou essa história trabalhava como voluntária nesta instituição de educação ajudando crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social. Entendeu a mensagem de sua mãe. O amor recebido continuou construindo a corrente de amor, gerando vida e esperança. Como o Bom Pastor fez e nos ensinou.
Em nome de nosso Santuário, nossa gratidão e oração por você mãe. Deus a abençoe e guarde sempre no caminho do amor!
Paz e bem!
Frei Carlos Alberto, OFMConv.