Ouvir Jesus afirmar: “Pensais que Eu vim estabelecer a paz na terra? Não. Eu vos digo que vim trazer a divisão”, soa estranho aos nossos ouvidos.
Ilustrando esta passagem, apresento-lhes um fato: certa vez, em uma de suas falas, D. Helder disse que enquanto ele promovia a distribuição de cestas básicas para os pobres, era considerado um santo. Porém, quando começou a conversar com os pobres, ajudando-os a entender quais as raízes de onde vem a miséria no nosso país, o denominaram de comunista.
Nos dias atuais não é diferente. Todas as vezes que a Igreja se posiciona a favor do empobrecidos, a favor da vida e da esperança, é atacada veemente.
Mas, importante é perceber que na história da salvação, tanto os homens como as mulheres sempre se posicionaram como enviados por Deus, na defesa dos enfraquecidos. O povo de Deus sempre foi exortado a acolher e a defender, em nome de Deus, os órfãos, as viúvas e os estrangeiros.
A profecia não está morta. Recebemos esse dom em nosso batismo e somos chamados e chamadas como comunidade, a sermos sinais do amor de Deus no mundo, anunciando um tempo novo e denunciando tudo o que fere a vida.
Neste segundo domingo de agosto celebramos a vocação à família e, de modo especial, queremos rezar e felicitar a todos os pais. Feliz dia!
É tempo de cuidar. Paz e bem!
Frei Carlos Alberto, OFMConv.