Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro

O administrador do evangelho de hoje, em vista de um lucro exorbitante, coloca os bens de seu patrão em risco, e mais, explora aqueles que o procuravam para emprestar os bens de seu patrão. Isso nos ajuda a pensar no papel da economia em uma sociedade.

O juro exorbitante que este administrador cobra para ter um alto lucro pessoal traz duras conseqüências, neste caso, de perda para seu patrão e para aquele que empresta. A partir da lógica da ganância podemos pensar como os bens criados, que devem servir à humanidade em vista de uma vida digna para todos, podem se tornar elementos de escravidão tanto para o avarento como para o pobre, escravizando-o na miséria.
Quando percebe que a verdade vem à tona, o administrador infiel muda totalmente de postura. Sai de seu lucro e faz amizade com o dinheiro. O patrão elogia este ato de sabedoria, usar os bens para cuidar da vida.
A mensagem desta palavra é tão necessária e atual para nossos dias. Não podemos ver a miséria, a fome, a pobreza em nossa realidade como uma decisão pessoal, simplesmente como uma ineficiência do pobre. As causas são muito mais profundas. Tem como raiz a ganância de uns poucos que querem muito, produzindo muitos que não tem nada.
O que isso nos diz num ano eleitoral?
É tempo de cuidar. Paz e bem!
 
Frei Carlos Alberto, OFMConv.

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