Senhor, dá-me dessa água!

O relato do evangelista João narrando o itinerário que a Samaritana faz, a partir do encontro com o Senhor, é uma escola para nosso discipulado.

Primeiramente, percebemos o desejo de Jesus que está cansado, com fome e sede, mas quer encontrar a humanidade, representada pela Samaritana com seu cântaro vazio, num sol causticante, na beira de um poço. Impossível imaginar um encontro nestas condições. Mas este acontece.
No encontro, um longo diálogo. Sete perguntas e sete respostas. A pedagogia do Mestre, que não tem medo de nossa humanidade ferida, vai introduzindo a Samaritana no grande mistério que sacia a sede humana. Tudo parte Dele: “dá-me de beber”, até o ápice da revelação que Ele próprio se apresenta como a água viva.
Num processo gradual de conversão, a Samaritana sai de seu fechamento (Jo 4,8) para tornar-se missionária no meio dos seus, deixando seu cântaro vazio. Bebeu da água viva. Não cabe mais em si. Tem que sair, anunciar: encontrei o Cristo (Jo 4, 29).
Qual a importância atualmente da dimensão: ser discípulo de Jesus? Isso ainda toca a humanidade? Sua palavra nos encanta? Seu modo de ser nos atrai? Atrai ao ponto de sairmos para anunciá-Lo?
É tempo de cuidar. Paz e bem!
 
Frei Carlos Alberto, OFMConv.

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