O mestre da justiça sai a semear a Boa Notícia do Reino. No caminho consegue ver um pecador público, Mateus. Têm consciência de sua missão, sabe que veio curar os doentes, e por isso o chama: “segue-me”. Impressiona o relato do evangelista que afirma que “ele se levantou e seguiu a Jesus”.
Que força deste chamado. O que fez Mateus prontamente aceitar esse convite? A vergonha de fazer o trabalho sujo imposto pelo império romano de cobrar altos impostos de seu povo tão sofrido? A prática da corrupção tão presente nesta sua profissão? A indiferença que sentia de seu povo em relação à sua pessoa? A falta de sentido que já se fazia presente em sua vida? O encantamento por Jesus e seu projeto de vida? Na verdade, não sabemos o que foi. Sabemos que esse chamado tomou conta de sua vida, e o fez sair daquela situação de paralisia, de insignificância, que já não preenchia mais o seu viver, e iniciar uma longa jornada de discípulo, em vista da justiça do Reino.
Como isso é difícil. Precisamos enxergar o caminho que fazemos tanto como pessoa, como coletividade e nos perguntar: esse trajeto promove vida, esperança?
É tempo de cuidar. Paz e bem!
Frei Carlos Alberto, OFMConv.