“A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao dono da messe que envie trabalhadores para sua colheita”.
Esse mandado do Senhor aos seus discípulos nasce da constatação que ele faz da situação em que se encontram as multidões, sente compaixão, e envia os apóstolos com a missão de restituir a vida de todos aqueles que estão prostrados. Enfatiza que não deve haver nenhuma distração com outras necessidades ou realidades, mas é preciso socorrer imediatamente as ovelhas perdidas da casa de Israel.
A leitura que Jesus faz da realidade, e a imediatez com que ele toma uma atitude perante a situação de morte que encontra seu povo, nos causa grande admiração pela sua humanidade com os caídos, ao mesmo tempo em que interpela o nosso modo de viver a fé. Jesus faz essa interpelação a partir do projeto da justiça do Reino, manifestado nas Bem-aventuranças.
Somos capazes de ouvir o grito que ecoa a todo o momento daqueles que estão à margem? Somos capazes de ver que há entre nós, como chama o Papa, as periferias geográficas e existenciais?
O tempo urge. É preciso partir, sair, ir ao encontro das diversas realidades que hoje ferem a vida do povo de Deus.
É tempo de cuidar. Paz e Bem!
Frei Carlos Alberto, OFMConv.