As pedras que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular

O que o Senhor deseja de seu povo escolhido? Como ele cuida, zela e prepara esse povo para que seja luz para todos os povos? Quando este não responde, qual é a sua atitude?

As respostas a essas perguntas, encontramos na liturgia da palavra deste domingo. O povo escolhido é sua vinha. Ama-a com amor imenso e deseja que, vivendo a partir deste amor, produza frutos de justiça e direito, isto é, promova a vida, a compaixão e a partilha. No projeto originário da criação e libertação, está a comunhão entre Deus e o ser humano, que reflete na relação entre homem e mulher, e destes com todas as criaturas. Há harmonia, relação de reciprocidade que gera vida. Da parte de Deus, percebemos o quanto o Senhor da vinha cuida dela de todas as maneiras possíveis, para que produza os frutos de justiça e direito. No entanto, a atitude amorosa de Deus não é acolhida por aqueles que deveriam responder com gratuidade e produzir bons frutos. Perante tal negação, a aliança não é quebrada por parte do Senhor, ele envia operários e até mesmo seu filho para resgatar a comunhão e o projeto originário. Com a negação consciente, a vinha terá que assumir as consequenciais de sua decisão. Olhando para nossa realidade, como é visível o afastamento do projeto de Deus: quantos sinais de desfiguração do ser humano, a destruição da Casa Comum, o abandono total dos pobres à própria sorte. Fomos chamados a produzir frutos de justiça e direito.
É tempo de cuidar. Paz e bem!
 
Frei Carlos Alberto, OFMConv

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