Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus

Após o confronto com as autoridades de seu tempo, desmascarando-as através de três parábolas, o Mestre vai deparar-se com as conseqüências deste enfrentamento, que será a sua própria condenação.

Já havia no coração dos chefes do povo o propósito de matar o Senhor, no entanto não queriam que o povo conhecesse suas intenções. Assim, buscam expô-lo a situações delicadas de interpretação da Lei e, os que pertenciam ao grupo dos fariseus e alguns partidários de Herodes, foram enviados para concretizar o que desejavam.
A forma de agir para colocar o Senhor em suas armadilhas inicia-se com elogios ao Mestre, sendo deplorável esse modo de agir, pois é usada a aparência de palavras suaves para se chegar a um objetivo totalmente monstruoso. Não usam a verdade, mas a falsa aparência.
A conclusão de Jesus sobre eles é: “Hipócritas!”, que remete à dissimulação e à falsidade. – Isso nos fala algo?
“Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”. – O que é de César? Aqueles que o buscam colocar numa armadilha, mesmo falando e agindo a partir de Deus, acreditam na força do poder de César. Jesus que vive a partir do Pai, do Reino de Deus, sabe que de Deus é a vida, a terra, a liberdade, a dignidade de seu povo. O poder dos “César” de ontem e de hoje não pode subjugar os filhos de Deus, mesmo que aparentemente esse poder pareça absoluto.
É tempo de cuidar! Paz e bem!
 
Frei Carlos Alberto, OFMConv.

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