A temática da palavra de hoje é a relação entre o amor a Deus, a quem não vemos, e o amor ao próximo e a si mesmo, a quem podemos ver. Ao responder o questionamento dos fariseus sobre qual o maior mandamento, Jesus cita a oração que todo judeu varão devia rezar ao nascer e ao pôr do sol (Dt 6, 4-5).
A resposta do fiel de amar a Deus de “todo o coração, de toda a alma, de todo entendimento” passa pela experiência filial que o povo de Deus fez do Seu amor que cria e liberta. O Deus “que ouve, que vê e desce” (Ex 3) para socorrer seus filhos amados. Experiência profunda da ternura, da compaixão do Criador.
Portanto, é a partir dessa relação filial, amorosa, que somos chamados a ser sinal no mundo da bondade do Senhor, que deve desembocar na experiência do amor ao próximo e a si mesmo. Nas leituras de hoje é bem concreta as categorias que devem ser protegidas, amadas pelo povo do Senhor: os estrangeiros, as viúvas e os órfãos. Aqueles que não tem ninguém por eles, tem como seu protetor o próprio Deus, que envia seu povo, em seu nome a serem os guardiães da vida, da esperança no meio dos invisíveis do mundo. Inversão total da lógica do egoísmo, da competição, do individualismo.
É tempo de cuidar. Paz e bem!
Frei Carlos Alberto, OFMConv.